Israel e palestinos negociam fim de greve de fome

Israelenses e palestinos estão negociando através de mediadores egípcios para encerrar uma greve de fome em massa de prisioneiros palestinos, disseram autoridades neste sábado. Cerca de 1.600 prisioneiros palestinos em prisões israelenses estão em greve de fome por melhores condições e para protestar contra detenções sem julgamento.

As negociações mediadas por egípcios são as primeiras conversas substanciais para tentar encerrar a greve de fome desde que os protestos tiveram início, algumas semanas, e, em alguns casos, meses atrás.

Segundo autoridades palestinas, os mediadores egípcios estão tentando negociar um acordo entre os grevistas e Israel. Uma autoridade israelense confirmou as negociações, mas não deu mais detalhes. Todos eles falaram sob condição de anonimato, por se tratar de um assunto delicado. Autoridades egípcias não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

Dois homens, Thaer Halahleh e Bilal Diab, estão em greve de fome há mais de 70 dias. Ambos são membros da Jihad islâmica, um grupo militante palestino que já matou centenas de pessoas em atentados suicidas e outros tipos de ataque. Não está claro se Halahleh e Diab se envolveram em qualquer tipo de atividade militante, porque eles estão sob “detenção administrativa”, uma política que autoriza Israel a manter palestinos prisioneiros por meses, ou até anos, sem acusações formais. Israel defende as detenções administrativas como uma ferramenta necessária para combater atividades de militantes.

De acordo com funcionários das prisões israelenses, pelo menos 1.600 dos 4.600 palestinos mantidos por Israel estão recusando alimentação. Já os palestinos dizem que 2.500 estão em greve de fome. Israel, no entanto, está relutante em chegar a um acordo com os prisioneiros, temendo que isso incentive mais protestos. Segundo o serviço prisional de Israel, os palestinos em greve estão sob constante supervisão médica e em condição estável. As informações são da Associated Press.

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