Ainda um tanto céticos, israelenses e palestinos aproveitaram o segundo dia pacífico de cessar-fogo nesta sexta-feira (20). Eles aproveitaram o sol em praias e mercados, mas acreditavam que o período sem conflitos seria breve. O cessar-fogo mediado pelo Egito entrou em vigor na manhã de quinta-feira (19). Com isso, os foguetes palestinos lançados da Faixa de Gaza por militantes ligados ao Hamas e as incursões militares israelenses cessaram.
O acordo, com duração prevista de seis meses, busca interromper a violência que matou mais de 400 palestinos e sete israelenses desde o Hamas tomar o poder em Gaza, um ano atrás. Além disso, a intenção é criar condições para tratados de paz mais abrangentes. Caso a iniciativa seja bem sucedida, Israel deve aos poucos amenizar o bloqueio em Gaza. Além disso, devem ser retomadas as negociações para a libertação do soldado israelense Gilad Schalit e para a abertura da passagem entre a região litorânea e o Egito.
O último cessar-fogo, iniciado em novembro de 2006, durou apenas algumas semanas. Uma pesquisa divulgada pelo jornal Yediot Ahronot hoje mostrou que 56% dos israelenses apóiam o cessar-fogo, mas 79% deles não acreditam ou tendem a não acreditar que o acordo durará por muito tempo.