A Índia flexibilizou uma série de regras que limitavam o investimento estrangeiro direto (IED) no país em setores importantes, dando mais um passo importante nos contínuos esforços para atrair capital estrangeiro e assegurar o seu crescimento econômico sustentável.
O governo elevou o teto para investimento estrangeiro nas bolsas de commodities do país, nas companhias de informações de crédito e em refinarias que ainda são controladas pelo governo. O limite de 26% para a participação estrangeira nessas áreas passou para 49%. Além disso, o gabinete autorizou 100% de investimento direto estrangeiros na mineração de titânio.
"As aprovações de hoje estavam há muito tempo pendentes, mas indicam que os esforços para se realizar reformas para liberalizar ainda mais a economia seguem em andamento", comentou o economista da agência de classificação de risco de crédito Crisil, D.K. Joshi. Segundo economistas, os volumes de negócios com commodities podem aumentar e as bolsas devem conquistar novos produtos.
Em relação às bolsas de commodity, os investidores estrangeiros podem comprar agora uma fatia de 26% nas bolsas diretamente, enquanto investidores institucionais podem adquirir uma participação de 23%. No entanto, nenhum investidor individual poderá deter mais de 5% de participação na bolsa.
"A flexibilização das normas de investimentos diretos nas bolsas de commodity vai prover transparência aos modelos de controles desses mercados, uma vez que não havia nenhuma diretriz anterior sobre isso", comentou Kewal Ram, o diretor da Forward Markets Commission, agência regulatória do mercado de commodities da Índia.
Segundo o diretor da National Commodity & Derivatives Exchange (NCDX), P.H. Ravikumar, as bolsas também vão se beneficiar do conhecimento técnico, das práticas de gerenciamento de risco global e das qualificações de desenvolvimento de produtos por investidores estrangeiros, o que deve, provavelmente, ampliar a liquidez. A NCDX é a maior bolsa do país em termos de volume.