Imigrantes protestam contra exclusão de ilegais da saúde

Grupos de imigrantes protestaram hoje na Espanha contra o fim do atendimento na rede de saúde pública aos estrangeiros ilegais no país.

A proibição faz parte de um grupo de medidas de austeridade aprovadas pelo governo do presidente Mariano Rajoy em julho para tentar chegar à meta de redução do deficit público para 6,3% do PIB.

A partir deste sábado, os imigrantes ilegais só terão acesso gratuito a pediatria, assistência a gravidez e serviços de emergência.

Muitos médicos já disseram que continuarão atendendo os pacientes que não possuem a carteira do sistema hospitalar espanhol, que só é concedida aos que são cidadãos regulares. Um grupo de cerca de 2.000 profissionais fez uma campanha na internet contra a medida.

Além dos profissionais de saúde, sete das 17 regiões autônomas espanholas tentarão buscar formas para manter o acesso para os imigrantes irregulares.

Pagamento

Na última quarta-feira, a ministra da Saúde, Ana Mato, disse que nenhum imigrante ficaria sem assistência médica.

“Ninguém vai ficar sem atendimento. O sistema continuará funcionando para tudo o que seja necessário, mas o que não seja titular do direito deverá pagar pelo serviço”, disse.