Ilhas Malvinas apoiam soberania britânica

A Assembleia Legislativa das Ilhas Malvinas defendeu ontem os direitos da presença britânica e dos kelpers (denominação dos ilhéus) sobre o arquipélago do Atlântico Sul. Em Port Stanley, capital das ilhas, as autoridades relativizaram as pressões da presidente argentina, Cristina Kirchner, para forçar os britânicos a negociar a soberania das Malvinas. As reivindicações argentinas sobre as ilhas ressurgiram com o início da exploração petrolífera nas águas próximas do arquipélago por parte da empresa britânica Desire Petroleum.

Segundo Jan Cheek, parlamentar das Malvinas, é “irônico” o pedido argentino de devolução das ilhas e a insistência em recorrer à Organização das Nações Unidas (ONU) com o argumento de que é preciso “descolonizá-las”: “O que a Argentina quer é que nos transformemos em colônia sua”, afirmou. “A impressão que dá é que o governo argentino tenta nos utilizar. Quando um governo argentino está com problemas, tende a desviar a atenção da população para a questão das Malvinas, com a esperança de que isso possa unir as pessoas”, disse.

A representante dos kelpers indicou que a reação argentina sobre a chegada da plataforma petrolífera da Desire Petroleum era “esperada”: “Ouvimos tantas besteiras por parte dos argentinos nestes anos todos que a gente até esperava estas coisas.”

Por outro lado, argentinos ex-combatentes da campanha nas Malvinas queixam-se que a questão das Malvinas não tem provocado impacto na população argentina. Segundo os veteranos, organizados em dezenas de centros e federações em todo o país, os argentinos “não têm a menor ideia” da atual disputa sobre o arquipélago.

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