Idosas viram prostitutas para sobreviver

Mulheres argentinas entre 60 e 80 anos estão se prostituindo nas ruas de Buenos Aires, porque não têm dinheiro para sobreviver, denunciou um programa da emissora local TV América. Segundo o “Puntodoc”, um programa de reportagens, as idosas têm como principal ponto a praça Flores, situada a pouca distância do famoso Obelisco da capital.

Utilizando uma câmara oculta, os repórteres do “Puntodoc” passaram-se por possíveis clientes nas conversas com as senhoras, que pediam entre 15 e 20 pesos (entre US$ 4 e US$ 6) pelos serviços sexuais. Uma delas, que concordou em ser entrevistada, revelou que tinha 74 anos.

“Eu me sento num banco da praça e espero. Sempre aparecem clientes”, declarou outra prostituta, que aceitou aparecer na televisão, inclusive enquanto se maquiava antes de sair para a praça. De acordo com ela, 90% dos fregueses das idosas meretrizes são jovens.

O ombudsman do serviço público para a Terceira Idade, Eugenio Semino, lamentou a situação, observando porém que “para uma mulher mais velha, dez clientes equivalem ao que recebem como piso de aposentadoria”.

“Seu único objetivo é levar alguma coisa para casa, para sobreviver. Têm netos (…) talvez seus filhos estejam desempregados e elas não queiram ser um peso para eles”, comentou.

Os aposentados e pensionistas argentinos constituem um dos setores mais prejudicados pela gravíssima crise econômica do país. Em média, um aposentado recebe 150 pesos mensais (cerca de US$ 42), caso tenha contribuído durante pelo menos 18 anos e deixado o trabalho aos 65 anos de idade. (ANSA).

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