A polícia de Hong Kong retirou mais barricadas das zonas de protesto em favor da democracia nesta terça-feira. A remoção das barreiras, que há duas semanas travam ruas importantes do centro financeiro da cidade, demonstra uma crescente impaciência das autoridades locais com os ativistas.

continua após a publicidade

Em uma aparente estratégia para enfraquecer as três principais áreas onde os manifestantes estão acampados, os policiais se espalharam pelas ruas nas primeiras horas da manhã e removeram barricadas erguidas durante a madrugada. Os agentes utilizaram serras elétricas e alicates para demolir andaimes de bambu construídos após uma multidão de homens mascarados terem atacado algumas das barricadas na segunda-feira.

“Estou me sentindo um pouco perdido. Não há diálogo com o governo e a verdade é que estamos afetando a vida das pessoas. Mas não podemos sair daqui sem resultados”, afirmou o universitário de 21 anos, Mark Li, sentado diante de uma linha de policiais. Li e seus amigos disseram não ter medo de uma repressão violenta, mas que estavam cansados das táticas para enfraquecer o movimento.

Antes do amanhecer, quando o número de manifestantes nas ruas atinge um mínimo, a polícia também removeu barricadas de metal de outro acampamento de protesto, em uma rua próxima à área comercial de Causeway Bay, e liberou uma faixa para o tráfego de veículos.

continua após a publicidade

Segundo o porta-voz da polícia, Steve Hui, os agentes continuarão a retirar as barreiras montadas pelos manifestantes.

Ao diminuir gradualmente as áreas de protesto pelas extremidades e agir durante o início da manhã, a polícia parece tentar evitar o confronto direto com os manifestantes, que teve efeitos negativos há duas semanas, quando os protestos começaram.

continua após a publicidade

Os integrantes do protesto lutam para garantir as primeiras eleições diretas em Hong Kong, previstas para 2017. Eles também exigem a saída do líder local do território semiautônomo, Leung Chun-ying, que é apoiado por Pequim e impopular na região. Fonte: Associated Press.