Homem mantém reféns na embaixada turca em Tel-Aviv

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, informou que um homem mantém reféns no interior da embaixada da Turquia em Tel-Aviv, depois que tiros foram disparados na parte de fora do edifício. Mas o advogado Shafik Abuani disse à Rádio Israel que os reféns, o cônsul e sua mulher, escaparam.

A agência de notícias turca Anatólia disse que os seguranças da embaixada capturaram o sequestrador, citando como fonte funcionários não identificados da embaixada. Um jornal identificou o homem como um palestino que tentou conseguir asilo em outra embaixada quatro anos atrás. “Temos uma situação com reféns”, disse Palmor.

O Canal 2 de televisão divulgou a gravação de uma ligação telefônica que afirma ter sido feita pelo acusado. “Eu tenho dois reféns”, disse ele. “Eu vou explodir a embaixada”. Um repórter da rádio, que estava no local, disse que equipes de resgate com macas tentaram entrar na embaixada, mas foram embora sem retirar nenhum ferido.

O jornalista da rádio disse que funcionários turcos não permitiam a entrada da polícia israelense ou de equipes de resgate no prédio. “Nós sabemos que há uma pessoa levemente ferida”, disse Eli Binn, do serviço de resgate, ao Canal 10.

O jornal israelense Maariv informou que o homem ligou para o jornal, identificando-se como Nadim Injaz, um palestino que pediu asilo na embaixada da Grã-Bretanha, em Tel-Aviv, em 2006. Ele disse possuir um líquido inflamável e ameaçou: “Vou matar qualquer judeu que entrar”. O advogado Abuani disse à Rádio Israel que conversou três vezes com o homem pelo telefone, tentando acalmá-lo. Ele disse que Injaz ameaçou queimar a embaixada se não recebesse asilo.

Não ficou claro que tipo de relação o advogado tem com o acusado de sequestro. Abuani disse que Injaz exigiu ser enviado para a Turquia e que ele era perseguido pelo Shin-Bet, o serviço de segurança geral de Israel. A Turquia retirou seu embaixador de Tel-Aviv após o ataque israelense a uma flotilha turca que se dirigia para a Faixa de Gaza no dia 31 de maio, quando nove ativistas foram mortos.