Homem condenado à morte é inocentado após DNA

Um homem condenado à morte foi inocentado hoje após um teste de DNA revelar que ele não teve envolvimento no homicídio e no estupro da própria prima, em 1996.

Damon Thibodeux, 38, ficou preso por 15 anos esperando a execução no Estado da Louisiana, no sudeste americano. Ele confessou ter matado e estuprado a prima após ser interrogado por nove horas por detetives do condado de Jefferson Parish.

Horas depois, ele se retratou e acusou de coerção os policiais que ouviram seu depoimento. Mesmo assim, ele foi indiciado e condenado à morte pelo crime, cuja acusação foi inteiramente baseada em depoimentos.

Durante o período em que esteve preso, Thibodeaux estava alojado em uma solitária numa prisão rural. Em entrevista hoje, ele disse que controlou as emoções durante os anos que esperava a revisão do processo.

“Durante os primeiros anos, é difícil se acostumar. Às vezes, parece que não vai acontecer. Você pensa que vão te matar e apenas aceita isso”.

Ele disse que os detetives que o questionaram em 1996 tiraram vantagem de sua exaustão e deram detalhes do crime para incluir em sua confissão.

“Eles olham para os pontos vulneráveis onde eles podem te manipular e se privam o seu sono ou te fazem entrar em pânico, é muito mais fácil te fazer confessar o que eles querem que você confesse”, disse.

O acusado esperava que seu caso fosse um exemplo para que as agências policiais fossem mais cuidadosas para não induzir a falsas confissões.

Damon Thibodeaux foi o 18º condenado à morte e o condenado número 300 a ser declarado inocente após a realização de exames de DNA nos Estados Unidos.

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