Homem ateia fogo ao próprio corpo na capital da Jordânia

Um jordaniano ateou fogo ao próprio corpo hoje do lado de fora do gabinete do primeiro-ministro, o primeiro ato deste tipo desde o início das manifestações políticas em janeiro. Mohammed Abdul-Karim está em estado grave com queimaduras de terceiro grau no corpo e no rosto, disse um médico do hospital Bashir, que falou em condição de anonimato.

Foi um gesto semelhante ao ato de autoimolação de um vendedor de vegetais na Tunísia em dezembro, que deu início a uma onda de protestos que derrubou os governos da Tunísia e do Egito e ameaça outros regimes no mundo árabe. Pessoas em outros países muçulmanos também atearam fogo ao próprio corpo – algumas morreram – para protestar contra a repressão de de determinados governos.

Os protestos pedindo reformas políticas na Jordânia têm sido menores e mais pacíficos do que em outros países árabes. Mas um protesto realizado em 25 de março deixou um morto e 120 feridos, após confrontos entre manifestantes e partidários do governo.

Hoje, promotores acusaram 80 pessoas por resistirem à intervenção da polícia para controlar aqueles protestos. Os acusados serão julgados pelo Tribunal Criminal da Jordânia, segundo um funcionário do Judiciário, que pediu anonimato. De acordo com ele, os indiciados incluem ativistas pró e contra o governo. A data do julgamento não foi marcada. Caso sejam condenados, os réus podem ficar até cinco anos na prisão. As informações são da Associated Press.

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