Hillary ataca países críticos a pacto com Bogotá

Em vez de criticar o acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos, os países da América Latina deveriam é ajudar no combate às drogas na região. Esse foi o recado duro da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em entrevista ontem, depois de encontro com o chanceler da Colômbia, Jaime Bermúdez. Questionada sobre a falta de esforços da Venezuela para combater o narcotráfico e sobre a oposição do Brasil ao acordo militar entre EUA e Colômbia, Hillary disse: “Eu pediria a mais países da região que nos ajudassem no combate às drogas, em vez de ficarem apenas assistindo de fora, ou criticando o acordo.”

A Venezuela afirmou que o acordo militar é uma “ameaça” e disse que vai comprar mais armas da Rússia e aumentar o número de bases na fronteira com a Colômbia. O Brasil também demonstrou desagrado em relação ao acordo. “Este acordo não diz respeito a outros países”, disse Hillary. “Trata-se de um acordo bilateral entre Colômbia e EUA para aprofundar a cooperação em segurança.” A secretária de Estado voltou a dizer que o acordo não cria nenhuma base americana e não haverá aumento no número de militares dos EUA. “Está claro no acordo o respeito à integridade territorial dos países, soberania e não intervenção.”

O chanceler colombiano também não poupou alfinetadas aos opositores do acordo. “A comunidade internacional expressa solidariedade para com as vítimas da guerra do narcotráfico e terrorismo, mas poucos países propõem cooperação efetiva. Com os Estados Unidos, achamos uma ajuda real.” Bermúdez completou: “Seria bom se tivéssemos outros acordos semelhantes na região.”

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