Hillary adverte Damasco sobre o possível uso de armas químicas

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, advertiu hoje a Síria sobre o possível uso de armas químicas nos confrontos contra opositores e que Washington avalia uma possível retaliação caso o armamento seja aplicado.

Em encontro com o ministro das Relações Exteriores da República Tcheca, Karel Schwarzenberg, Hillary não deu detalhes sobre as ações. “Nós deixamos nossas visões muito claras: isso é uma linha vermelha para os Estados Unidos. Não vou comentar como agiremos caso haja provas consistentes de que o regime de Assad tenha usado armas químicas, mas certamente planejamos algo para caso isso aconteça”.

Hillary voltou a dizer que considera repreensível a ofensiva militar do governo sírio contra a população civil e lembrou a condenação internacional a Assad. Ela também pediu que a Coalizão Nacional Síria seja ampliada para poder representar o país.

Horas depois, o regime sírio descartou o uso das armas. “Nós repetimos exaustivamente que não vamos usar esse tipo de armas, se elas estiverem disponíveis, contra nosso povo sob nenhuma circunstância”, informou a Chancelaria, em comunicado.

Damasco possui uma quantidade indeterminada de mísseis com armas químicas, o que preocupa as potências ocidentais e vizinhos como Turquia e Israel. Com o aumento da presença de militantes da Al Qaeda entre os rebeldes, cresceu o temor pelo uso indevido do armamento.

Desde o início dos confrontos, em março de 2011, pelo menos 40 mil pessoas morreram em todo o país, segundo ativistas. A ONU (Organização das Nações Unidas) informou que mais de 400 mil saíram do país e outros 2,5 milhões se deslocaram internamente.

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