Hamas rejeita possibilidade de enfrentar grupos rebeldes

O grupo islâmico Hamas afirmou nesta quarta-feira (25) que continua comprometido com a trégua com Israel, iniciada na semana passada depois de meses de mediação egípcia, mas descartou a possibilidade de agir como "força policial israelense" e confrontar as facções rebeldes que ontem violaram o cessar-fogo. Os comentários foram feitos por Khalil al-Haya, um líder do Hamas em Gaza.

Na última terça-feira (24), militantes do grupo extremista Jihad Islâmica dispararam três morteiros na direção de Israel em resposta a uma operação militar israelense no norte da Cisjordânia na qual um comandante da organização foi morto. Duas pessoas sofreram escoriações superficiais nos disparos. Israel respondeu tornando a fechar os entroncamentos de fronteira de Gaza, que haviam sido reabertos como parte do acordo de trégua para que o território palestino litorâneo voltasse a receber itens de primeira necessidade depois de meses de total isolamento.

O Hamas informou que está pressionando a Jihad Islâmica para que suspenda os disparos e exigiu de Israel que reabra os entroncamentos. Mas Al-Haya rejeitou a idéia de o Hamas, que controla Gaza desde junho do ano passado, entrar em confronto com outras facções rebeldes palestinas. "Mesmo que ocorram violações por parte de algumas facções, o Hamas enfatiza seu comprometimento com a calma e seu trabalho para implementá-la", declarou ele.

"Mas o Hamas não atuará como força policial para guardar a fronteira da potência de ocupação. Ninguém ficará feliz vendo o Hamas apontando uma arma na direção de um combatente da resistência." Israel qualificou os disparos de morteiro como "uma grave violação" do cessar-fogo e fechou as fronteiras. Por sua vez, Taher Nunu, porta-voz do Hamas, classificou o fechamento das fronteiras de "uma clara violação da calma" e pediu ao Egito que intervenha.

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