Governo francês vai barrar oferta hostil pelo Société

O governo francês não vai permitir que o banco Société Générale (SocGen) seja alvo de uma oferta hostil (não solicitada) de compra, alertou hoje o primeiro-ministro François Fillon. "O governo está muito atento para qualquer risco de desestabilização do Société Générale e não vai permitir que a instituição seja alvo de investidas hostis de outros bancos", disse ele.

Ao mesmo tempo, o governo francês aumentou a pressão sobre o presidente do banco, Daniel Bouton, com relação às transações de 50 bilhões de euros não autorizadas feitas pelo operador Jérôme Kerviel no mercado de contratos futuros, que resultaram em uma perda de 4,9 bilhões de euros (cerca de US$ 7 bilhões ou R$ 12,8 bilhões) para a instituição.

A ministra das Finanças e da Economia da França, Christine Lagarde, disse que o conselho terá de decidir o destino do executivo do SocGen, depois que o presidente Nicolas Sarkozy sugeriu que gostaria de ver Bouton fora do banco.

O Société Générale, e Bouton em particular, tem sido fortemente criticado por sua atuação no caso de fraude bilionária atribuída à Jérôme Kerviel, um operador júnior que está sendo investigado por quebra de confiança, mas não por acusações mais sérias de fraude que o banco gostaria. "Está nas mãos dos diretores tomar uma decisão", afirmou Lagarde à rede de televisão LCI.

"Os diretores terão de assumir suas responsabilidades tendo em vista duas coisas: a situação atual e o futuro da instituição que hoje é um grande banco francês – que emprega mais de 120 mil pessoas e tem milhões de clientes", disse a ministra.

Voltar ao topo