O general norte-americano Michael Ryan viajou nesta quarta-feira (18) à região oeste do Afeganistão para investigar alegações de que seis mulheres e duas crianças morreram em um bombardeio promovido pela Força Aérea dos Estados Unidos, informaram autoridades locais. Por meio de um comunicado, a coalizão militar liderada pelos EUA no país alega que o bombardeio de segunda-feira contra o distrito de Gozara, na província de Herat, causou a morte de 15 milicianos, entre eles um líder insurgente chamado Ghulam Yahya Akbari.

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No entanto, Ekremuddin Yawar, um comandante de polícia no oeste do Afeganistão, afirmou que 13 pessoas haviam morrido, sendo seis mulheres, duas crianças e cinco homens. De acordo com ele, o grupo vivia em barracas no remoto interior afegão. As mortes de civis têm sido foco constante de tensão entre o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, e o governo dos EUA. Karzai exige que o Exército norte-americano seja mais cuidadoso para evitar a morte de civis.

Em resposta à afirmação de Yawar, Ryan viajou hoje a Gozara para reunir-se com autoridades locais e “ver qual é a situação”, disse a capitã Elizabeth Mathias, uma porta-voz do Exército norte-americano. Por enquanto, porém, os EUA mantêm sua versão de que o bombardeio matou 15 militantes. Fotografias obtidas pela Associated Press retratando o resultado do ataque mostram o corpo de pelo menos um garoto. Também são vistos alguns corpos de homens, carcaças de ovelhas e tendas destruídas.

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