Um graduado comandante da poderosa Guarda Revolucionária do Irã foi morto pelos extremistas do Estado Islâmico nas proximidades da cidade de Aleppo, no norte da Síria, informou nesta sexta-feira a imprensa estatal iraniana. O general Hossein Hamedani foi morto em um subúrbio de Aleppo, enquanto realizava uma missão de consultoria, segundo a imprensa iraniana, que não deu mais detalhes sobre o caso.

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A agência estatal IRNA divulgou o comunicado da Guarda Revolucionária que culpava o Estado Islâmico pela morte da autoridade militar. O anúncio da morte ocorre após o grupo militante lançar um ataque surpresa à província de Aleppo, tomando uma série de vilas dos rebeldes.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos afirmou que o avanço dos extremistas, iniciado na noite de quinta-feira, é o mais significativo em meses. Não estava claro, porém, se a morte do general tinha relação com essa ofensiva, que ocorre em meio a uma série de ataques aéreos russos e à ofensiva por terra do Exército sírio no centro do país.

O Observatório informou que o Estado Islâmico tomou as vilas de Tal Qrah, Kfar Qares e pelo menos quatro vilarejos, nos subúrbios de Aleppo. Contas no Twitter ligadas ao Estado Islâmico também anunciaram os avanços dos militantes nessas áreas.

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“O general Hamedani foi martirizado por terroristas do (Estado Islâmico) durante uma missão de aconselhamento no subúrbio de Aleppo”, na noite de quinta-feira, disse o comunicado divulgado pela IRNA. Hamedani é um dos mais importantes membros da Guarda Revolucionária entre os mortos na Síria e a segunda autoridade dessa força morta neste ano. Ele era um veterano que teve um papel importante na guerra entre Irã e Iraque entre 1980 e 1988. Em janeiro, o general Mohammad Ali Allahdadi foi morto por um ataque aéreo israelense na Síria, que também matou seis combatentes do grupo militante xiita libanês Hezbollah.

O Irã é um dos principais aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad. Teerã dá apoio militar e político ao governo Assad, desde o início da guerra civil síria em 2011. Os iranianos negam, porém, que enviem combatentes ao território sírio, dizendo que se restringem à assessoria. Assad é alauita, uma linhagem do islamismo xiita. O Irã é um país de maioria xiita, enquanto os rebeldes sírios são em sua maioria sunitas. Fonte: Associated Press.

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