O assessor de Assuntos Internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia, disse hoje que o governo evitará “guerra de declarações” com autoridades do Irã para garantir que a situação da iraniana condenada à morte por apedrejamento sob acusação de adultério não seja ainda mais prejudicada. A declaração de Garcia foi dada em entrevista no Itamaraty após almoço oferecido pelo presidente Lula ao presidente de Camarões, Paul Biya.

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Em comício em Curitiba na semana passada, Lula ofereceu refúgio para a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani. Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã respondeu que Lula era emotivo. Na entrevista de hoje, Marco Aurélio relatou que antes dessa proposta de Lula feita em público, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, havia conversado três semanas antes com autoridades iranianas tendo manifestado a preocupação do governo brasileiro com a situação da mulher iraniana. Marco Aurélio Garcia disse que o caso não prejudica as relações diplomáticas com o Irã. “Obviamente não vai mudar de jeito nenhum. Não tem razão para mudar”.

América do Sul

Ainda na entrevista, Marco Aurélio Garcia voltou a dizer que o governo brasileiro confia que o novo presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, retome o diálogo do país com a Venezuela. “É preciso desmanchar essa confusão que se armou o mais rápido possível”.

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