Frota japonesa parte para ilhas Senkaku, apesar de protestos

Uma frota composta por cerca de vinte barcos japoneses zarpou hoje em direção às ilhas Senkaku, localizadas a cerca de 200 km da costa de Taiwan, para reiterar a soberania do Japão neste arquipélago, apesar dos protestos da China, que também as reivindica.

A frota zarpou da ilha japonesa de Ishikagi, no extremo sul do Japão, em direção às ilhas Senkaku, no mar da China meridional, conhecidas entre os chineses como Diaoyu.

Pouco antes, Pequim havia convocado o Japão a “cessar imediatamente qualquer ação contra sua soberania territorial”. A China apresentou um protesto formal ao Japão sobre os planos do grupo de realizar neste fim de semana uma cerimônia em memória dos japoneses mortos na Segunda Guerra Mundial perto das ilhas, disse a agência estatal de notícias Xinhua.

 

A bordo desta frota encontram-se parlamentares locais e militantes nacionalistas. O governo do Japão negou ao grupo permissão para desembarcar nas ilhas.

 

“Quero mostrar à comunidade internacional que estas ilhas são nossas. O futuro do Japão está em jogo”, declarou Kojima Kenichi, eleito na região de Kanagawa, perto de Tóquio.

“Felizmente, a comunidade internacional reconhece globalmente que as ilhas Senkaku são japonesas, mas penso que é preciso, com este tipo de expedição, sensibilizar o resto do mundo sobre este problema”, declarou a deputada japonesa Keiko Yamatani.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, disse que a China havia pedido ao governo nipônico para “interromper imediatamente a ação que pretende minar a soberania territorial da China” sobre as rochosas e inabitadas ilhas conhecidas como Senkaku no Japão, e Diaoyu na China, afirmou a agência Xinhua.

Na sexta-feira, o Japão enviou de volta a suas casas ativistas chineses que foram detidos na quarta-feira, após desembarcarem em uma das ilhas.

A China saudou o retorno dos ativistas, mas também advertiu o país vizinho sobre possíveis aumentos na tensão.