França rejeita proposta de Chávez para crise na Líbia

O governo da França rejeitou hoje uma oferta do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que ocorra uma mediação para tentar encerrar a crise na Líbia. Paris afirmou que rejeita discutir qualquer solução que inclua a permanência do governante Muamar Kadafi no poder. Segundo a rede Al Jazeera, Kadafi aceitou a proposta de Chávez.

“Qualquer mediação que permita ao coronel Kadafi ficar no poder obviamente não é bem-vinda”, afirmou o ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, em resposta à proposta de Chávez. Antes, Juppé conversou com o chanceler britânico, William Hague.

Chávez e Kadafi discutiram por telefone planos para uma missão internacional de manutenção de paz, que estaria encarregada de mediar a crise na Líbia. O país do norte africano enfrenta duas semanas de sangrentos confrontos, com manifestantes exigindo o fim do regime de 41 anos de Kadafi.

Os dois líderes regularmente fazem condenações públicas do “imperialismo” dos Estados Unidos e trocaram visitas nos últimos anos. Rumores chegaram a indicar há algumas semanas que Kadafi poderia ter fugido para Caracas, mas essa informação foi posteriormente desmentida.

Medvedev

Também hoje, o presidente russo, Dmitry Medvedev, afirmou que a Líbia está “à beira de uma guerra civil”. Foi a declaração mais dura feita por um líder mundial sobre a crise do país até o momento. “Esta é uma situação extrema”, afirmou Medvedev em conversa com o ministro de Emergências russo, Sergei Shoigu, segundo a agência estatal ITAR-TASS. “A Líbia estava e está à beira de uma guerra civil e nossa principal tarefa é salvar nosso povo (cidadãos russos) lá”, disse. “Durante eventos desse tipo, há geralmente uma completa desorganização no gerenciamento do Estado. E isso é o que estamos vendo”. As informações são da Dow Jones.

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