Após uma ruptura de mais de um ano, a França e o Marrocos restauraram o programa de cooperação para assuntos legais neste sábado, uma decisão que permite uma maior interação dos dois países em casos de contraterrorismo. O anúncio conjunto entre os governos afirma que o ministro da Justiça marroquino, Mustapha Ramid, se encontrou com sua colega francesa, Christiane Taubira, durante a semana e, após meses de discussão, modificaram o acordo para atender aos desejos mútuos.

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O Marrocos havia suspendido a cooperação judicial com sua antiga metrópole colonial em fevereiro de 2014, após a polícia francesa tentar prender o chefe de inteligência marroquino, que visitava o país, em resposta a um processo de ativistas que o acusavam de tortura. A suspensão prejudicou as ações coordenadas para assuntos legais de cidadãos dos dois países, além de dificultar ações antiterroristas.

Segundo a imprensa marroquina, após o ataque terrorista à revista satírica Charlie Hebdo, no início do mês, a França estava mais disposta do que nunca a restaurar os laços com o Marrocos. De acordo com o texto publicado pelos dois países, o acordo permite uma cooperação mais profunda e efetiva entre as nações, ao mesmo tempo em que respeita as leis e as instituições de ambas.

Franceses e Marroquinos têm se mostrado preocupados também com o número elevado de cidadãos que viajam para se unirem ao grupo extremista Estado Islâmico, na Síria e no Iraque. Entre os países europeus, a França registrou o maior número de habitantes recrutados pelos guerrilheiros. No Marrocos, mais de mil pessoas fugiram para lutar com os insurgentes. Fonte: Associated Press.

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