Fortes chuvas prejudicaram nesta quinta-feira (29) as tentativas de drenar o lago Tangjiashan, formado após o devastador terremoto ocorrido no último dia 12, na cidade de Beichuan, na China. Deslizamentos de terra bloquearam o curso de um rio na região formando vários lagos, mas o caso mais grave é o do Tangjiashan, que ameaça transbordar e coloca em risco uma ampla área de população. Quase 160 mil pessoas já foram retiradas da região pelas autoridades chinesas.
Como as estradas da região estão interrompidas por conta do terremoto, helicópteros tem sido empregados para transportar os equipamentos pesados usados para escavar os canais que deverão receber a água represada antes que ocorra um transbordamento. Mas as fortes chuvas de hoje obrigaram os helicópteros a permanecerem em solo, informou a estatal CCTV. Apesar disso, trabalhadores continuam a remover os destroços. Em três dias de trabalho dia e noite, soldados chineses já construíram um canal de 50 metros de largura e 300 de extensão para reter parte da água.
Enquanto isso, o governo atualizou o número de vítimas da tragédia. Foram confirmadas 68.516 mortes. Ainda há 19.350 pessoas desaparecidas. A previsão do governo é que a cifra final de mortes fique acima de 80 mil.