Forças de segurança sírias e grupos armados de oposição têm cometido assassinatos, torturado pessoas e abusado de crianças durante os 15 meses de levante contra o governo do presidente Bashar Assad, afirmou nesta quinta-feira uma painel de especialistas em direitos humanos apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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O grupo afirmou, porém, que as forças de segurança são responsáveis pela maior parte de violência cometida no país.

As descobertas feitas pela Comissão Internacional Independente de Investigação sobre a Síria mostram um assustador padrão de abusos cometidos pelos dois lados do conflito que, segundo o grupo, tem se tornado “cada vez mais militarizado”, apesar dos esforços de cessar-fogo da ONU.

O relatório foi escrito com base em centenas de entrevistas realizadas desde março com vítimas e testemunhas que fugiram do país. O painel, formado por três pessoas, disse que o conflito se transformou e que agora o governo enfrenta combatentes bem organizados, que também incluem desertores.

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Os abusos aos direitos humanos cometidos por forças do governo ocorrem “com mais frequência durante ataques militares de larga escala em locais específicos conhecidos por abrigar desertores e simpatizantes da oposição”, diz o documento. As informações são da Associated Press.