A força do fogo que está devastando a ilha espanhola La Gomera, no arquipélago das Canárias, obrigou cerca de cinco mil pessoas a deixarem suas casas, um quarto da população local.

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O presidente regional canário, Paulino Rivero, anunciou nesta segunda-feira que está evacuando a população de Vallehermoso diante da gravidade do incêndio.

Rivero garantiu que os meios disponíveis são suficientes para combater o fogo, mas as previsões são preocupantes por causa das altas temperaturas, baixa umidade, vento em constante mudança e terreno acidentado.

No entanto, insistiu que a prioridade é a segurança das pessoas, por isso pediu aos habitantes da ilha que sigam demonstrando o comportamento exemplar que tiveram e facilitem o trabalho das autoridades.

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“É um incêndio muito grave, está adquirindo proporções extraordinárias”, afirmou Rivero, não tanto pela superfície queimada, cerca de 5 mil hectares, mas pelo deslocamento da população e dificuldade para apagar o fogo.

Três hidroaviões e sete helicópteros estão atuando no combate ao incêndio. Um quarto hidroavião chegará ainda hoje e um quinto virá na terça-feira, ao mesmo tempo em que as brigadas e unidades que trabalham em terra estão sendo reforçadas.

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O presidente canário espera que as temperaturas diminuam nesta segunda-feira e que amanhã comecem a soprar os ventos alísios característicos da região, que junto com o aumento da umidade pode ajudar nos trabalhos de combate ao fogo.

O incêndio florestal em La Gomera começou em 4 de agosto e aumentou na sexta-feira passada devido à subida das temperaturas (que chegou a mais de 40 graus) registradas na Espanha nos últimos dias.

O fogo não causou até o momento vítimas, mas “importantíssimos danos ecológicos”, porque se alastrou para o Parque Nacional de Garajonay e queimou florestas que há mais de um século não pegavam fogo, destacou o chefe de Defesa Civil do governo das Canárias, Humberto Gutiérrez.

O Parque Nacional de Garajonay é considerado um dos tesouros ecológicos das Ilhas Canárias, declarada reserva da biosfera pela Unesco.