Felipe Calderón entrega Presidência a Enrique Peña Nieto

Enrique Peña Nieto, 46, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), assumiu à 0h de hoje a Presidência do México numa cerimônia realizada no Palácio Nacional, sede do Poder Executivo, antes do ato solene de posse perante o Congresso. Felipe Calderón entregou a bandeira do país ao sucessor, vencedor das eleições de 1º de julho passado.

No primeiro minuto de hoje, Calderón e Peña Nieto desceram as escadas do Palácio Nacional até o pátio, e, seis minutos depois, foi executado o hino nacional.

Com Peña Nieto, o PRI retorna ao poder que exerceu durante sete décadas, até 2000, quando foi derrotado nas urnas pelo Partido Ação Nacional (PAN), ao qual pertencem Calderón e o seu antecessor, Vicente Fox.

Haverá mais cerimônias a partir das 10h (14h no horário de Brasília), quando Peña Nieto irá jurar o cargo na sede da Câmara dos Deputados, de onde volta ao Palácio Nacional para pronunciar a primeira mensagem ao país como presidente. O ato na Câmara deve ser alvo de protestos por parte da oposição.

também ocorrem manifestações oposicionistas ligadas a Andrés Manuel López Obrador, que ficou em segundo lugar no pleito presidencial e não reconhece a vitória de Peña Nieto.

Gabinete

O gabinete de Peña Nieto é integrado por políticos independentes ligados à esquerda, além de contar com membros de seu partido, o PRI, que volta ao poder após 12 anos na oposição. Entre os independentes que foram nomeados, dois são próximos à esquerda: Manuel Mondragón, chefe da polícia da capital Cidade do México, e Rosario Robles, ex-prefeita da capital e ex-líder nacional do PRD.

Mondragón foi nomeado para a Secretaria da Segurança, cujo desaparecimento proposto por Peña Nieto ainda deverá ser ratificado pelo Legislativo. Se for aprovado, o político ficará como subsecretário de Planejamento e Proteção na Secretaria de Governo. Rosario Robles ficou com a pasta de Segurança e Desenvolvimento Social.
Como ministro das Relações Exteriores foi escolhido José Antonio Meade, que desempenhava, até agora, a função de secretário da Fazenda de Calderón. Para substituí-lo foi nomeado Luis Videgaray, coordenador da campanha à Presidência de Peña Nieto, enquanto a pasta de Energia será ocupada por Pedro Joaquín, até então, presidente do PRI.

Como procurador-geral, Peña Nieto submeterá à ratificação do Senado – como prevê a lei – a nomeação de Jesús Murillo Karam, considerado um dos homens que impulsionou a carreira política do novo presidente. Nas Forças Armadas, o general Salvador Cienfuegos foi nomeado secretário de Defesa, enquanto o almirante Vidal Soberón será o chefe da Secretaria da Marinha Armada.

Além de Robles, outras duas mulheres integram o gabinete: Claudia Ruiz, secretária de Turismo, e Mercedes Juan López, da Saúde.

A poderosa petroleira estatal Pemex (Petróleo Méxicano), cujas atividades representam 40% das receitas do país, ficará nas mãos de Emilio Lozoya, outro homem próximo a Peña Nieto.

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