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Falhas do iPhone permitiram que países espionassem cidadãos

Pesquisadores de segurança afirmaram hoje que uma startup israelense pouco conhecida explorou falhas até então desconhecidas do software de smartphones da Apple para ajudar governos estrangeiros a espionarem cidadãos.

Os pesquisadores disseram que o software de vigilância foi o trabalho do NSO Group Technologies, que vende principalmente para agências do governo. Funcionários do Citizen Lab, um grupo que investiga tecnologias de segurança, e a empresa de segurança móvel Lookout disseram que o software foi descoberto em um link enviado no começo do mês para o celular de Ahmed Mansoor, um ativista dos direitos humanos nos Emirados Árabes Unidos.

Os relatos lançam luz sobre a capacidade das companhias privadas de segurança de produzir softwares sofisticados para operações de espionagem de governos. Isso também sugere que o sistema operacional IOS por trás dos celulares da Apple não é impenetrável como parecia ser no começo deste ano, quando a Escritório Nacional de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA, lutou por semanas e pagou US$ 1 milhão para desbloquear um aparelho relacionado ao ataque terrorista de San Bernardino.

O software do NSO Group se aproveita de três falhas do IOS para se instalar nos iPhones e transforma os aparelhos em dispositivos de vigilância, rastreando seus movimentos, gravando mensagens e baixando dados pessoas. O vice-presidente de pesquisa da Lookout, Mark Murray, disse que o software opera secretamente, garantindo a autonomia da bateria e acelerando a transferência de dados quando os aparelhos estão na rede Wi-Fi para que não seja notado.

Em um comunicado emitido nesta quinta-feira, a Apple disse que está “ciente dessa vulnerabilidade e consertou o problema imediatamente”. Fonte: Dow Jones Newswires.

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