Expulso, embaixador dos EUA fala em “conseqüências”

O embaixador dos Estados Unidos na Bolívia, Philip Goldberg, disse neste domingo (14) que a decisão do presidente Evo Morales de expulsá-lo teria “sérias conseqüências”. Segundo comunicado divulgado pela embaixada dos EUA em La Paz pouco antes da partida de Goldberg, aparentemente o governo boliviano “não avaliou corretamente” os possíveis desdobramentos do ato.

Evo acusou o diplomata de conspirar e promover a divisão boliviana. O funcionário e o governo norte-americano negam qualquer ação nesse sentido.

 

Goldberg mencionou o problema do comércio de cocaína na Bolívia. Segundo eles, esse é um problema possível de combater em conjunto. “Mas sem cooperação, nós fracassaremos”.

 

A Bolívia é o terceiro maior produtor de cocaína no mundo, atrás de Colômbia e Peru. Washington destina US$ 100 milhões anuais à Bolívia para a erradicação de cultivos de coca e fábricas de refino da droga.

Em retaliação ao ato de Evo, os EUA também expulsaram o embaixador boliviano. Além disso, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também expulsou o embaixador dos EUA, em solidariedade ao colega sul-americano. Também Honduras adiou o recebimento das credenciais de um novo embaixador americano, e o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, descartou ir a um evento no qual estaria o presidente dos EUA, George W. Bush. As informações são da Dow Jones.