Expulsão de embaixador foi “grave erro”, dizem EUA

O presidente da Bolívia, Evo Morales, cometeu um “grave erro”, que prejudicou “seriamente” a relação com os Estados Unidos ao expulsar o embaixador norte-americano, afirmou nesta quinta-feira (11) o Departamento de Estado dos EUA. “A ação do presidente Morales é um grave erro, que prejudica seriamente a relação bilateral”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, lendo um comunicado.

Na última quarta-feira (10), Evo anunciou a expulsão do embaixador Philip Goldberg. “Eu pedi a nosso chanceler que envie ao embaixador uma mensagem informando-o da decisão do governo nacional e do presidente de que ele precisa retornar ao seu país”, afirmou o presidente em um discurso no Palácio Quemado, em La Paz.

O líder boliviano acusa o governo dos Estados Unidos de fomentar o separatismo no país, aprofundando a crise boliviana. Washington negou qualquer ação nesse sentido, considerando as declarações “sem fundamento”. Evo expulsou o embaixador no mesmo dia em que uma explosão em um gasoduto no sul do país prejudicou o envio de gás ao Brasil. O governo qualificou o ato como um “atentado terrorista” e culpou a oposição.