Explorador alemão busca o Eldorado

(ANSA) ? LIMA ? O arqueólogo e geofísico alemão Jacek Palkiewicz, chefe de uma missão expedicionária de 50 pessoas, iniciou a busca ao El Dorado, a última cidadela-refúgio dos incas, encravada em algum lugar da inóspita selva do sudeste peruano e chamada de “Paititi” pelos antigos.

Palkiewics disse que “a missão tem por objetivo encontrar o último reduto dos incas, que fugiram dos conquistadores espanhóis quando estes chegaram deste lado do mundo, no século XVI”.

“Com o tempo, os historiadores passaram a afirmar que os incas esconderam no Paititi muita riqueza e ouro”, frisa o expedicionário. “Se existir ouro, melhor, mas se não houver, o local nos interessa igualmente”.

A viagem em busca da cidade perdida de El Dorado iniciou-se recentemente a partir da cidade de Cuzco, 1.200 quilômetros a sudeste de Lima. O chefe da expedição lembra que o El Dorado “é o mais antigo mito do mundo, na Ásia, África, América e Europa”.

No século XVI, nos arquivos romanos da Companhia de Jesus, encontraram-se manuscritos nos quais se falava do início da evangelização dos habitantes de Paititi. Ali também se confirmava a existência de uma cidade com templos revestidos de lâminas de ouro e se citava que o papa autorizara as missões jesuíticas a evangelizarem os indígenas locais.

A missão é formada por 17 pessoas de quatro países (Peru, Itália, Rússia e Argentina), e cerca de 40 carregadores. Entre os pesquisadores há duas mulheres. A expedição durará três semanas e terá a custódia de três agentes da Polícia Nacional e levará equipamentos de telefone via satélite, aparelhos GPS e Georadar para buscas subterrâneas. O custo da pesquisa e das expedições é de cerca US$ 800 mil.

A missão recebeu o auspício moral do presidente peruano Alejandro Toleado, o patrocínio do presidente do Conselho italiano de ministros, Silvio Berlusconi, e o apoio das embaixadas da Itália e da Polônia no Peru.

A motivação de Palkiewicz nasceu depois de sua participação na missão internacional de 1996 que determinou que a origem do caudaloso rio Amazonas estava no Peru. “Sou um apaixonado pelo Amazonas, a região mais bela do mundo”, declarou o cientista, que nasceu na Alemanha em 1942, tem origem polonesa e se nacionalizou italiano por casamento. (ANSA).

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