Tropas do exército sírio retomaram neste sábado o controle da maior parte da cidade de Rastan, na região central do país, após cinco dias de intensos confrontos com forças contrárias ao governo.
Segundo Rami Abdul-Rahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, vários soldados do exército desertaram e se juntaram aos insurgentes em Rastan. Abdul-Rahman disse que este foi um dos confrontos mais violentos desde o início dos protestos contra o presidente Bashar Assad, há seis meses.
Há temores de que as deserções e o número cada vez maior de manifestantes armados levem o país a uma guerra civil.
Os protestos contra o regime de Assad tiveram início em março, com marchas pacíficas realizadas por pessoas desarmadas. A repressão violenta do governo não conseguiu impedir que os manifestantes continuassem saindo às ruas desde então. O confronto em Rastan teve início com um ataque de forças leais a Assad na terça-feira.
O governo sírio proibiu o trabalho de jornalistas estrangeiros no país e impõe duras restrições à cobertura da mídia local, o que dificulta a verificação dos fatos. A Organização das Nações Unidas diz que cerca de 2.700 pessoas já morreram por causa da repressão do governo contra as manifestações. As informações são da Associated Press.


