Exército destrói bases e mata 40 militantes no Paquistão

Forças do governo paquistanês destruíram quatro bases militantes e mataram 40 insurgentes hoje em confrontos nas proximidades da passagem Khyber, a principal rota de suprimento para as tropas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão. A ofensiva ocorreu após um ataque suicida na região, na semana passada, que matou 19 policiais na principal passagem de fronteira entre Afeganistão e Paquistão.

O administrador da passagem, Tariq Hayat, disse que 40 militantes foram mortos e 43 detidos. Foram destruídas bases pertencentes ao grupo militante Lashkar-e-Islam, afirmou ele. O número de mortos não pôde ser verificado de forma independente. Hayat não deu informações se uma operação sustentada foi planejada para a área, pela qual vários caminhões carregando combustível e outros bens para as tropas norte-americanas e da Otan no Afeganistão viajam diariamente. Os comboios geralmente são alvo de ataques.

 

O Paquistão está sob intensa pressão dos Estados Unidos para combater os militantes que atuam perto da fronteira afegã, região onde se acredita que o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, esteja escondido. O Taleban também ajudou a elevar o número de ataques contra as tropas ocidentais por meio da fronteira.

Vale do Swat

O Exército afirmou que no noroeste do país 105 combatentes paquistaneses do Taleban se renderam no Vale do Swat. Oito deles seriam ajudantes próximos do chefe taleban Maulana Fazlullah, disse o brigadeiro Salman Akbar, comandante do Exército da cidade de Kabal. O Taleban não se pronunciou sobre as afirmações.

O Exército lançou uma ofensiva no Vale em abril. Segundo o governo ela foi um sucesso, embora nenhum líder insurgente tenha sido morto ou capturado, e bolsões de resistência ainda permaneçam. No domingo, um ataque suicida a uma delegacia de polícia matou 17 cadetes em treinamento. O Exército diz que matou 45 militantes no Swat desde o ataque. Grupos de direitos humanos acusam as forças de segurança de executar militantes capturados e de se desfazerem dos corpos. Os militares negam.