O ex-primeiro-ministro da Índia Inder Kumar Gujral morreu nesta sexta-feira, aos 93 anos de idade, em um hospital de Nova Délhi vítima de uma infecção pulmonar, informou a imprensa local.

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Gujral foi ministro das Relações Exteriores em duas ocasiões e, posteriormente, também foi primeiro-ministro de um governo em minoria na década de 1990, que, politicamente, foi uma das mais turbulentas desde a independência da Índia, obtida das mãos britânicas em 1947.

Na atualidade, Gujral estava afastado da política, mas seguia sendo respeitado pelos diferentes partidos do país. Recentemente, o ex-político chegou a publicar um livro com suas memórias, intitulado “Matters of Discretion” (Questões de discrição).

Gujral se tornou primeiro-ministro da Índia no ano de 1997, fruto de um desacordo entre partidos – a Frente Unida e o Partido do Congresso -, que derivou na queda de seu antecessor, H.D. Dewe Gouda.

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Seu principal legado, no entanto, é o que deixou à frente do Ministério das Relações Exteriores, onde firmou a chamada “doutrina Gujral”, que guiou durante uma década as relações internacionais de seu país.

Gujral se baseava na premissa que a estatura regional da Índia estava diretamente relacionada com a qualidade da relação que mantinha com seus vizinhos, o que repercutiu em uma tentativa de melhorar as relações com o Paquistão, um tradicional rival.

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Com este raciocínio, Gujral decidiu desativar a capacidade indiana para lançar ataques encobertos contra grupos terroristas caxemirianos em solo paquistanês. No entanto, uma série de ataques armados perpetrados por estes grupos puseram fim na doutrina.