Visto até o início deste ano como um pária no cenário internacional, o ditador Kim Jong-un está tendo um tratamento de estadista em razão de seu encontro com Donald Trump, o presidente da nação mais poderosa do mundo. O norte-coreano desembarcou neste domingo, 10, em Cingapura e foi recebido pelo primeiro-ministro, Lee Hsien Loong, o terceiro líder estrangeiro com quem se encontra desde sua chegada ao poder, em 2011.

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O primeiro foi o presidente da China, Xi Jinping, que o recepcionou em Pequim em duas ocasiões neste ano. O segundo foi o presidente da Coreia do Sul, em abril e maio. O quarto será Donald Trump.

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Além disso, o russo Vladimir Putin enviou a Pyongyang seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, com um convite para Kim visitar Moscou. E o sírio Bashar Assad, cujo país tem relações históricas com a Coreia do Norte, também entrou na fila dos interessados na semana passada.

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No ano passado, Kim foi acusado de mandar matar seu meio-irmão em um ataque com armas químicas em um aeroporto na Malásia. Em 2014, um estudo da Organização das Nações Unidas concluiu que havia cerca de 120 mil presos políticos em campos de trabalho forçado na Coreia do Norte. Outros 70 mil estariam detidos em outras instituições.

Depois de chamar Kim de “o pequeno homem-foguete”, no ano passado, e prometer “destruir” seu país se ele ameaçasse os EUA, Trump mudou de tom depois de aceitar o convite para a cúpula, proposta pelo norte-coreano. Em abril, ele afirmou que o ditador era “muito honrado”. No mês seguinte, a Casa Branca divulgou uma moeda comemorativa da cúpula, na qual aparecem os rostos de Trump e Kim, que é identificado como “supremo líder”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.