Ex-chefe do FMI pagará R$ 12 mi para findar acusação de crime sexual

O jornal francês “Le Monde” afirma, hoje, que o ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn pagará US$ 6 milhões (R$ 12,6 milhões) à camareira que o acusa de agressão sexual para colocar fim ao processo.

O jornal americano “New York Times” já havia informado na quinta sobre o acordo, embora uma fonte anônima dissesse que ele ainda poderia não se concretizar.

O “Le Monde” afirma que Strauss-Kahn, 63, e a camareira Nafissatou Diallo se encontrarão perante um juiz de Nova York, no próximo dia 7, para assinar o trato.
Michele Saban, um amigo de Strauss-Kahn que o encontrou recentemente, disse à agência de notícias Reuters que as discussões ocorrem há “semanas, meses”. “Estamos nos encaminhando para o fim desta tragédia”, diz. O montante negociado não foi informado.

Conforme o “Le Monde”, o ex-chefe do FMI pretende obter US$ 3 milhões em um empréstimo bancário e mais US$ 3 milhões em um empréstimo da mulher Anne Sinclair, embora os dois esteja, separados há vários meses e vivam, atualmente, em lados opostos de Paris.

Em nota, os advogados responsáveis pela defesa de Strauss-Kahn negaram as informações do “Monde”, que classificaram de “errôneas” e “fantásticas”.

Caso o acordo seja assinado, o ex-chefe do FMI terá encerrado seus problemas com a Justiça americana, mas continua sendo acusado na França, por um caso que envolve a suposta organização de festas com prostitutas. Seus advogados pediram que o processo seja anulado, e a Justiça se pronunciará no dia 19 de dezembro.

Histórico

Strauss-Kahn era forte candidato à Presidência da França quando foi preso, em maio do ano passado, depois que Diallo disse à polícia que ele a havia assediado quando ela chegou para limpar o quarto do hotel em que ele estava hospedado, em Nova York.

Diallo o acusou de forçá-la a fazer sexo oral, enquanto Strauss-Kahn sustenta que o incidente foi consensual.

O episódio forçou Strauss-Kahn a deixar o cargo no FMI, e a abandonar a campanha eleitoral.

Em agosto do ano passado, os promotores de Nova York descartaram a acusação criminal contra ele, dizendo não estarem mais convencidos da credibilidade de Diallo depois de ela mudar várias vezes seu relato do que fez nos momentos seguintes ao incidente. Mas Diallo entrou com uma ação civil, que ainda está em curso.

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