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EUA: Senado se mobiliza para acelerar audiências de indicados de Trump

O Senado dos Estados Unidos, controlado pelos republicanos, está deixando de lado os apelos dos democratas para diminuir a velocidade e se mobilizando rapidamente para ajudar a instalar o governo do presidente eleito Donald Trump. Estão programadas múltiplas audiências de confirmação em um único dia, no qual a casa também votará uma medida que tem como objetivo a revogação de grande parte da lei de saúde de 2010.

Os republicanos marcaram pelo menos nove audiências de confirmação para esta semana, começando na terça-feira com uma para o senador Jeff Sessions (Partido Republicano, Alabama), indicado por Trump para liderar o Departamento de Justiça.

A programação inclui cinco audiências na quarta-feira, no mesmo dia que o Senado deve realizar uma série de votações rápidas em conexão com uma medida de orçamento que também leva a um avanço no esforço republicano para revogar a Lei de Cuidados Acessíveis (Affordable Care Act, também conhecida como Obamacare).

Na quarta-feira, Trump realiza sua primeira entrevista coletiva desde a eleição.

“Precisamos ter a equipe de segurança nacional do presidente no lugar no primeiro dia”, disse o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell (Partido Republicano, Kentucky), neste domingo em entrevista ao programa “Face the Nation”, da CBS. “Estou otimista de que seremos capazes de conseguir até sete indicados no primeiro dia.”

O objetivo é ter boa parte do gabinete de Trump no poder pouco depois da posse em 20 de janeiro. Os republicanos dizem que a realização de cinco audiências em um único dia é consistente com práticas do passado de ambos os partidos. Mas a estratégia está gerando críticas de democratas.

Com audiências simultâneas, “a grande preocupação agora é tentar estar em dois lugares ao mesmo tempo”, disse a senadora Dianne Feinstein, da Califórnia, a nova líder democrata no Comitê Judiciário. Segundo ela, o acúmulo está ocorrendo enquanto os legisladores e assessores se adaptam às atribuições novas do comitê. “Há funcionários novos, há 150 mil páginas [de documentos de nomeação] para avaliar”, disse. “Algo está errado.”

Democratas e republicanos afirmam que vários comitês não receberam documentos financeiros e de conflito de interesses que os candidatos devem arquivar por meio do Departamento de Ética Governamental, material que os legisladores dizem ser necessário para examinar adequadamente os indicados. Os democratas estão usando essa questão para argumentar que os conflitos de interesse vão prevalecer na administração Trump.

Uma porta-voz do gabinete de transição de Trump disse no sábado que o presidente eleito “está reunindo a administração mais qualificada da História, e o processo de transição está funcionando corretamente… É decepcionante que alguns tenham escolhido politizar o processo para distrair de questões importantes que o nosso país enfrenta”. Fonte: Dow Jones Newswires.

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