De olho neles

EUA querem mais segurança em aeroportos estrangeiros

Autoridades de inteligência norte-americanas estão preocupadas com a possibilidade de a Al-Qaeda estar desenvolvendo uma bomba nova e aperfeiçoada que passe sem ser detectada pela segurança dos aeroportos. Não há indícios de que tal bomba tenha sido criada ou existe uma ameaça específica aos Estados Unidos, mas o governo Obama pediu na quarta-feira a intensificação das medidas de segurança em aeroportos estrangeiros que tenham voos diretos para os Estados Unidos.

A inteligência norte-americana recolheu indícios de que fabricantes de bombas da Al-Qaeda na Península Árabe, sediados no Iêmen, viajaram para a Síria onde se reuniram com um grupo filiado da rede terrorista no local, a Frente Nusra, segundo um funcionário de contraterrorismo, que falou em condição de anonimato. Segundo ele, a intensificação das medidas de segurança foram implantadas no mês passado.

A Al-Qaeda na Península Árabe tem se concentrado, há tempos, em derrubar aviões com explosivos escondidos. O grupo esteve por trás de planos fracassados e frustrados envolvendo suicidas com explosivos em roupas íntimas e artefatos escondidos em cartuchos de impressora enviados em aviões de carga.

No último ano, norte-americanos e cidadãos de outros países do Ocidente têm viajado para a Síria para lutar contra o governo sírio. O temor é que esses combatentes, que têm passaportes dos Estados Unidos e de outros países ocidentais, e, portanto são alvo de medidas menos rigorosas de segurança, possam carregar consigo uma bomba para um avião norte-americano.

O funcionário de contraterrorismo recusou-se a descrever a bomba mas, no passado, autoridades falaram sobre explosivos não metálicos implantados cirurgicamente no interior de um viajante e fabricados para não serem percebidos em revistas e por detectores de metal.

O pedido para a intensificação na segurança não tem ligação com o recente aumento da violência no Iraque, afirmou o funcionário de contraterrorismo, que pediu para não ter o nome divulgado. Outra autoridade norte-americana, que também falou em condição de anonimato, disse que as medidas não tem relação com o feriado de 4 de julho (Independência dos Estados Unidos) ou qualquer ameaça específica. As medidas adicionais de segurança são derivadas de um “excesso de cautela”, afirmou a autoridade norte-americana.

“As pessoas não devem reagir de forma exagerada às medidas, mas existem claras preocupações centradas na segurança da aviação sobre as quais precisamos permanecer vigilantes”, afirmou o secretário de Segurança Interna Jeh Johnson à emissora MSNBC na noite de quarta-feira. Fonte: Associated Press.

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