Os primeiros acusados na investigação sobre a participação da da Rússia na campanha presidencial de 2016 podem ser presos já nesta segunda-feira (30), disseram pessoas familiares com o assunto, embora a natureza das acusações possam ser determinadas no decorrer da semana.

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Sexta-feira (27), os promotores liderados por Robert Mueller, procurador especialmente designado para cuidar do caso Rússia, obtiveram uma ordem judicial contra pelo menos uma pessoa. O time de Mueller obteve as acusações sob sigilo, segundo fontes.

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Um porta-voz de Mueller se recusou a comentar. As pessoas familiarizadas com o caso se recusaram a identificar a pessoa ou pessoas que foram acusadas ou a especificar qual será a acusação.

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As acusações seriam as primeiras de uma investigação que Mueller assumiu em maio, com a sua nomeação pelo Departamento de Justiça como conselheiro especial. Isso após a demissão de James Comey como diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI), determinada pelo presidente Donald Trump. Comey havia dito anteriormente que o FBI investigava se os membros da campanha de Trump de 2016 colaboraram com a Rússia para influenciar a eleição, e sua demissão aumentou a pressão pela nomeação de uma nova pessoa para supervisionar essa investigação.

A equipe de Mueller, que inclui 16 advogados especialistas em corrupção pública, fraude e segurança nacional, e mais de duas dúzias de agentes do FBI, vem apresentando provas a um júri federal convocado em Washington desde julho.

Além de investigar a influência da Rússia nas eleições, Mueller investiga se Trump tentou obstruir a Justiça com a demissão de Comey, além de acordos corporativos de vários antigos assessores do Trump, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

Trump e seus advogados negaram qualquer obstrução e qualquer colaboração entre sua campanha e a Rússia. O presidente repetidamente rotulou a investigação de Mueller como uma “caça às bruxas”. A Rússia negou interferência na campanha.

Trump enviou neste domingo várias mensagens via Twitter que criticam os democratas e sustentam que a volta do tema Rússia serve como distração em relação à tentativa do Partido Republicano de aprovar uma reforma tributária. A proposta deve ser feita nesta semana. Fonte: Dow Jones Newswires.