EUA mostram otimismo com documentos norte-coreanos

Uma análise preliminar de milhares de documentos entregues pela Coréia do Norte aos Estados Unidos parece demonstrar que os papéis são uma descrição completa da produção de plutônio do país asiático. A informação foi divulgada nesta terça-feira (13) pelo diplomata norte-americano Sung Kim. Kim recolheu em Pyongyang 18.822 documentos, escritos em coreano, e levou-os para Washington, onde eles estão sendo traduzidos e analisados. Os funcionários envolvidos demonstraram otimismo com o material, porém disseram que não é possível ter uma resposta final sobre o caso.

Após a realização de um acordo no ano passado, a Coréia do Norte está obrigada a informar corretamente sobre seu programa nuclear e a desativá-lo. O tratado concede incentivos energéticos, econômicos e políticos, para que, em troca, Pyongyang desista de produzir armas e abra mão da tecnologia necessária para fazê-las. A Coréia do Norte quer primeiro garantir o cumprimento do acordo para, então, encerrar seus programas. Participaram das negociações os Estados Unidos, a Coréia do Sul, a China, o Japão e a Rússia.

Com o avanço do processo, os EUA prometeram retirar a Coréia do Norte de uma lista de nações que financiam o terrorismo. Nesta terça-feira (13) o país anunciou que dará à Coréia do Norte 500 mil toneladas de comida. A nação asiática depende de auxílio externo para alimentar sua população, após sua economia ter sido devastada por desastres naturais e erros governamentais desde o meio da década de 1990. Desde então, estima-se que 2 milhões de pessoas morreram de fome no país. A situação piorou neste ano. Houve uma forte enchente, que atingiu o país no último verão, e o novo governo conservador da Coréia do Sul parou de enviar ajuda ao vizinho.

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