O governo dos Estados Unidos lançou uma campanha estimada em US$ 1 milhão nos meios de comunicação internacionais que tem como objetivo alertando às famílias da América Central sobre os riscos da imigração ilegal, especialmente por crianças desacompanhadas.

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De pé, ao lado do Rio Grande, fronteira natural entre os EUA e o México, o comissário do Escritório de Proteção das Fronteiras dos EUA Gil Kerlikowske disse que a campanha será emitida principalmente em Honduras, Guatemala e El Salvador e traz essencialmente duas mensagens: viajar ilegalmente para os EUA é extremamente perigoso e os imigrantes que fizerem isso não serão autorizados a ficar no território.

A “Campanha de Conscientização dos Perigos” prevê a instalação de centenas de outdoors e a veiculação de mais de seis mil anúncios em estações de rádio e televisão dos países-alvo.

Uma das mensagens mostra uma criança correndo desolada no deserto em direção ao horizonte. Um locutor diz em espanhol “eu pensei que seria fácil para o meu filho obter documentos nos Estados Unidos, mas eu estava errado”.

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Em outra inserção, prevista para ir ao ar na Guatemala, um adolescente se prepara para ir para os Estados Unidos e sua mãe implora para que ele fique. Apesar de a mãe lhe alertar sobre os perigos da travessia feita por gangues, o garoto decide arriscar mesmo assim. Logo depois, aparece uma imagem do menino morto no chão do deserto rachado. A narração diz que não se deve acreditar que os contrabandistas conseguirão documentos para as crianças.

Todas as inserções da campanha terminam com a mesma mensagem: “Eles são o nosso futuro. Proteja”. A campanha está programada para ser executada durante 11 semanas.

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Desde outubro, 226 imigrantes morreram cruzando a fronteira. Nesse mesmo período, mais de 52 mil crianças desacompanhadas foram detidas após entrar os EUA de forma ilegal, principalmente pelo sul do Texas. Fonte: Associated Press.