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EUA: Bolton tenta reduzir preocupação de Israel sobre retirada da Síria

A Casa Branca enviou o conselheiro de segurança nacional John Bolton em uma missão para acalmar as preocupações de Israel sobre a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar as tropas norte-americanas da Síria. A retirada anunciada antes do Natal deve ser concluída dentro de algumas semanas, mas o cronograma foi desacelerado à medida que o presidente aceitou pedidos de assessores, aliados e membros do Congresso de uma retirada mais ordenada.

Bolton planeja se reunir com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e outras autoridades no domingo antes de viajar para a Turquia. Autoridades israelenses expressaram preocupação de que uma rápida retirada dos cerca de 2 mil militares poderia permitir ao Irã expandir sua influência e presença na Síria, devastada por uma guerra civil de anos e pela militância do Estado Islâmico.

Um funcionário do governo Trump disse a repórteres que Bolton pretendia discutir o ritmo da retirada, bem como a quantidade de tropas norte-americanas na região. A expectativa era de que ele explicasse que alguns militares norte-americanos lotados na Síria para combater o Estado Islâmico irão para o Iraque com a mesma missão e que parte das forças norte-americanas pode permanecer em um importante posto militar em al-Tanf, no sul da Síria, para combater a crescente atividade iraniana na região. Bolton também viaja para transmitir a mensagem de que os EUA serão “muito favoráveis” aos ataques israelenses contra alvos iranianos na Síria, de acordo com o oficial, que falou sob a condição de anonimato porque não estava autorizado a discutir os planos de Bolton antecipadamente.

Bolton alertou o presidente da Síria, Bashar Assad, a não usar a retirada dos EUA como pretexto para usar armas químicas contra os sírios, dizendo que “não há mudança” na posição dos EUA de que seu uso é uma “linha vermelha”. Trump fez duas vezes ataques aéreos na Síria em resposta a supostos ataques químicos com a intenção de dissuadir Assad. “Já tentamos duas vezes usar a força militar para demonstrar ao regime de Assad que o uso de armas químicas não é aceitável”, disse Bolton enquanto viajava para Israel. “E se eles não derem atenção às lições desses dois ataques, o próximo será mais revelador.” Fonte: Associated Press.

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