Estados Unidos querem empresas do Brasil

Paul Atkins, diretor da Securities and Exchange Commission (SEC) a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, chega ao Brasil no domingo (13) com uma missão espinhosa: convencer companhias brasileiras a abrir o capital nos Estados Unidos. Com a crise financeira e a enorme burocracia da legislação Sarbanes-Oxley, está caindo o número de empresas que quer ter ações negociadas nos EUA, muitas empresas brasileiras preferem abrir capital só na Bolsa de Valores de São Paulo, que não pára de crescer.

Atkins vai se encontrar com a presidente da CVM, Maria Helena Santana, com representantes de grandes empresas e da Bovespa para falar sobre mudanças na legislação que facilitam o processo de abertura de capital. Com isso, ele quer reavivar o interesse de empresas brasileiras pelo mercado de capitais americano. O Brasil é o segundo país estrangeiro em número de empresas listadas na Bolsa de Nova York (Nyse), com 33, atrás apenas do Canadá, que tem 80.

Algumas das companhias desistiram de abrir capital na Bolsa de Nova York, por causa da burocracia e dos altos custos que vieram a reboque da legislação Sarbanes-Oxley. A lei foi implementada depois dos escândalos contábeis da Enron e da WorldCom para aumentar o controle sobre os balanços. Segundo Atkins, a legislação que estava encarecendo os procedimentos, chamada de Standard de Auditoria número 2, foi modificada, e o processo está bem mais simples e barato.

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