Estados Unidos cortarão benefícios à Bolívia

Os Estados Unidos suspenderão as preferências comerciais que concedem à Bolívia porque o país andino não “melhorou suas políticas de combate às drogas”, disse nesta quinta-feira (23) a secretária americana de Estado, Condoleezza Rice. “Em vários oportunidades, desde que o presidente Evo Morales assumiu o cargo, os EUA pediram a ele que a Bolívia melhorasse suas políticas de luta contra as drogas, mas sem resultados”, afirmou. “Infelizmente, teremos que separar a Bolívia desses benefícios”, disse Rice em coletiva de imprensa. Ela fez o anúncio em Puerto Vallarta, no México, após uma reunião com sua congênere mexicana, Patricia Espinosa.

O anúncio de Rice ocorreu no mesmo dia em que uma delegação boliviana está em Washington, no escritório central do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), para uma audiência na qual tentaria demonstrar que a suspensão seria “injusta”, como havia dito o ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Arce, chefe da delegação.

O governo boliviano afirma que o fim das preferências comerciais, concedidas também a outros países andinos, provocará a demissão de 30 mil trabalhadores bolivianos. Além disto, afirma que exportações de produtos bolivianos no valor de US$ 300 milhões ficarão sem mercado. A Bolívia é o país mais pobre da América do Sul.