Um ataque suicida realizado nesta sexta-feira pelo grupo extremista Estado Islâmico deixou pelo menos 20 pessoas mortas e outras 28 feridas em uma mesquita xiita no oeste da Arábia Saudita. Na ocasião, as vítimas comemoraram sete séculos de nascimento de uma figura reverenciada, disseram autoridades locais.

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Pouco depois da tragédia, que ocorreu na aldeia de al-Qudeeh, militantes do Estado Islâmico assumiram a responsabilidade pelo ataque, o segundo contra xiitas da Arábia Saudita em seis meses. Em novembro do ano passado, o grupo foi acusado de ter arquitetado uma ofensiva que matou oito xiitas na vila de al-Ahsa, também no oeste do país. Segundo o ministério do Interior da Arábia Saudita, o autor do ataque escondia explosivos sob suas roupas.

Em comunicado feito por uma conta no Twitter ligada a pessoas leais ao Estado Islâmico, um grupo que se apresenta como a “filial” dos extremistas na Arábia Saudita, com o nome de “Najd Province” (referência a uma região histórica do país), assumiu a responsabilidade pelo ataque. No entanto, não foi possível confirmar, de forma independente, se há realmente ligações deste grupo com o Estado Islâmico, que atua principalmente no Iraque e na Síria.

Um ativista local chamado Naseema al-Sada disse que, antes do ataque, as vítimas comemoravam o nascimento de Imam Hussain, uma figura reverenciada entre os xiitas. A tragédia ocorre em meio a tensões entre sunitas e xiitas que se intensificaram em regiões como a Arábia Saudita e o Irã, que poderiam estar por trás de conflitos na Síria, no Iraque e no Iêmen. Pouco antes da ofensiva de hoje, a Arábia Saudita lançou ataques aéreos contra os rebeldes xiitas no Iêmen, no fim de março. Fonte: Associated Press.

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