Os dois partidos que formam a coalizão de governo da Grécia saíram machucados da primeira rodada de eleições locais deste domingo, após candidatos da oposição radical de esquerda terem mostrado forte liderança em pelo menos duas regiões, assegurando-lhes lugar no segundo turno de votações.

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Com cerca de um quarto dos votos contados, os candidatos do partido Syriza em Atenas e na província de Attica, onde vive cerca de 40% da população grega, obtiveram número de votos suficientes para permanecer na corrida contra o prefeito Giorgos Kaminis, de Atenas, e o prefeito regional de Attica, Ionnis Sgouros.

Em Atenas, Kaminis estava apenas um ponto porcentual à frente de Gavriil Sakellaridis, enquanto Rena Dourou, o candidato do Syriza na província de Attica apresentava vantagem de mais de um ponto porcentual perante Sgouros. Algumas semanas atrás, os dois titulares do partido socialista Pasok, pareciam gozar de liderança sólida em suas respectivas regiões.

Esta é a primeira vez desde 1975 que o Nova Democracia não terá um candidato no segundo turno pela capital da Grécia.

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As eleições locais e regionais, que terão um segundo turno na semana que vem e serão acompanhadas por eleições nacional para o Parlamento Europeu, são consideradas o primeiro grande teste do governo do primeiro-ministro Antonis Samaras, uma vez que os cidadãos irão as urnas pela primeira vez desde o pico da crise do país há dois anos.

Embora o resultado não altere a maioria apertada de dois assentos no parlamento de 300 legisladores, será simbólico para o governo e para a esquerda radical grega. O resultado deve determinar se a Grécia prosseguirá com sua atual agenda de reformas ou se recairá em incertezas políticas.

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