Enviado da ONU se encontra com ditador para discutir conflito

O enviado internacional da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Liga Árabe para a Síria, Lajdar Brahimi, se reuniu hoje com Bashar Assad, e afirmou que ainda que a situação seja “preocupante”, espera que todas as partes cheguem a uma solução ao conflito.

Em breves declarações aos jornalistas que cobriam o encontro, Brahimi explicou que conversou sobre “seus pontos de vista e os passos que devem ser dados para acabar com a crise” que começou em março de 2011.

“A situação é preocupante, mas espero que todas as partes cheguem à solução a que aspira o povo sírio”, disse.

Ele não revelou que tipo de propostas fez a Assad, mas fontes diplomáticas apontam previamente que se trate de uma iniciativa para formar um governo de transição. O enviado teria pedido ao ditador que nomeie uma série de ministros para representar o o regime nesse novo governo.

Por outro lado, Assad assegurou hoje que seu regime apoia qualquer iniciativa que busque “o bem do povo sírio e proteja a soberania do país”, segundo delcarações difundidas pela mídia oficial síria.

Ele insistiu que os esforços para o fim do conflito devem respeitar a soberania e independência da Síria.

O mediador se encontrará também com membros da oposição do Conselho de Coordenação Nacional, entre outros grupos.

Ingerência

Ontem, o ministro da Informação da Síria, Omram al Zubi, disse que o regime recusa qualquer tipo de ingerência estrangeira sobre o país e defendeu novamente que os diálogos sobre a crise sejam feitos apenas por sírios, o que a oposição rejeita.

Ele disse também ter provas de que a Turquia está fornecendo armas aos opositores e pediu que o país seja julgado por tribunais internacionais. Zubi ainda criticou as forças da oposição por não ter coragem para dialogar com o governo.

Desde o início dos confrontos, em março de 2011, mais de 40 mil pessoas morreram no país, segundo ativistas. A ONU (Organização das Nações Unidas) informa que mais de 500 mil pessoas se refugiaram em países vizinhos e outros 2,5 milhões se deslocaram dentro do país.

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