Emissora de tv aberta ajuda a mudar comportamento da sociedade

Como uma emissora de tv aberta pode ajudar na mudança de comportamento da sociedade e resgatar a cultura de raiz de sua gente? A resposta está no trabalho que vem sendo feito pela TV Bahia ? empresa da Rede Bahia ? maior grupo de comunicação do norte-nordeste do país, nos espaços comerciais não negociados, inclusive no horário nobre da programação. Campanhas para manter a cidade limpa ou como a do Minuto Voluntário estão dando resultados surpreendentes. “A emissora não tem medido esforços para contribuir com seu poder de comunicação de massa, para uma maior conscientização da população sobre o seu papel como agente transformador”, afirma o diretor executivo da TV Bahia, Rodolfo Tourinho.

MINUTO VOLUNTÁRIO – Fruto de uma parceria com a Unesco, a campanha – que vem sendo exibida desde julho nos intervalos comerciais da emissora – tem colhido excelentes resultados. Apresentando o trabalho de diversas instituições sociais na Bahia e conclamando a população a se engajar na prática, a campanha despertou nos baianos a vontade de ser voluntário. A UNESCO divulgou recentemente os seguintes números:

De acordo com dados fornecidos pela Unesco, desde que a campanha Minuto Voluntário entrou no ar, há apenas três meses, foram cadastrados mais de 2 mil voluntários, número bastante significativo, comparado aos 600 cadastrados pela Unesco e CVB em 2 anos de trabalho. Os números do Hemoba também são animadores: com o vt que está no ar atualmente, a instituição conseguiu alavancar a quantidade de doadores de sangue para quase quatro vezes mais que a conseguida no mesmo período do ano passado. Os resultados não foram diferentes para as outras instituições que participaram do projeto: a Mansão do Caminho cadastrou 100 voluntários em decorrência da campanha; o GAPA passou de 15 para 35; as Obras Sociais de Irmã Dulce cadastraram cerca de mil pessoas e, tanto o GACC como o Instituto dos Cegos, creditam ao projeto um aumento nas doações, ter tornado essas instituições mais conhecidas e ter valorizado os voluntários mais antigos.

RESGATE DA CULTURA ? A TV Bahia também tem projetos que objetivam revitalizar grupos folclóricos e a inserção da cultura de raiz nos projetos especiais de verão da emissora. É o caso do Zambiapunga, do município de Nilo Peçanha (BA), que foi, inclusive manchete no New York Times).

Os resultados obtidos pelo grupo cultural Zambiapunga em suas apresentações e com a exposição na mídia, a partir de 1992, são significativos. A presença na Caminhada Axé, as aparições nos breaks comerciais de todas as seis emissoras da Rede Bahia através da série “Raízes da Bahia “, assim como apresentações nos diversos eventos da TV Bahia, foram ganchos para outras apresentações, como a participação no Perc Pan, na Eco 92, e no Programa Legal/TV Globo, possibilitando ao grupo expor para milhões de pessoas a originalidade e a força do seu ritmo.

Uma vez exposto a grandes públicos, o grupo não tardou a conquistar admiradores – entre estes, formadores de opinião, empresários e organizadores do segmento artístico, passando a receber convites para diversas outras apresentações dentro e fora da Bahia.

A sucessão de êxitos irradiou-se para além dos integrantes e tomou de assalto o município de Nilo de Peçanha, cuja população, mais do que nunca, vestiu orgulhosamente as cores do grupo através das pinturas alusivas espalhadas pelos muros, postes e fachadas de toda a cidade. Com isso, a população começou a se dar conta do valor de suas manifestações, embarcando em uma forte ligação com a própria identidade cultural.

Na esteira do sucesso, o aporte de retornos financeiros possibilitou a sede própria, a aquisição de novos instrumentos, e a informatização do grupo, além de gerar iniciativas direcionadas à comunidade, com destaque para o Zambiapunga Mirim, trabalho com aproximadamente cem crianças que envolve atividades lúdicas e educativas, como aulas de cultura, música e confecção de fantasias.

Para o diretor executivo da TV Bahia, Rodolfo Tourinho, a decisão estratégica da TV Bahia de empreender ações para dar visibilidade à cultura de raiz, adotada a partir de 1992, tem colhido bons resultados e se fortalecido ao longo dos anos. O Zambiapunga é uma exemplo disso. O grupo encontrou espaço e pode mostrar seu brilho. “Para a emissora é um prazer participar deste processo, dando sua contribuição para que o Zambiapunga trilhe seus próprios caminhos rumo ao futuro”.

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