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Em meio a protestos após ataque, Turquia bloqueia acesso ao Twitter

A Turquia bloqueou o acesso ao Twitter nesta quarta-feira para impedir a transmissão de imagens do atentado que aconteceu na segunda-feira no sudeste da Turquia e matou 32 pessoas, disse agência estatal Anadolu. No entanto, horas depois o proibição foi suspensa, mas o acesso não foi restaurado imediatamente.

Mais cedo, um tribunal de Suruc emitiu uma proibição de publicar na mídia imagens relacionadas com o bombardeio, incluindo a Internet e plataformas de mídia social, e determinou que o acesso seria barrado em sites que não cumprirem a proibição, informou a agência Anadolu.

Uma autoridade do governo disse que a Turquia tinha pedido ao Twitter para remover 107 URLs com imagens do rescaldo do atentado. O Twitter retirou cerca de 50 URLs e estava trabalhando para remover os links restantes.

O governo também tentou bloquear os usuários do Twitter que estavam chamando para protestos contra o governo por não ter feito o suficiente para evitar os ataques, disse a agência.

Protestos eclodiram em Istambul e em outras cidades desde o atentado, com manifestantes gritando slogans culpando o governo pelo ataque. Na terça-feira, a polícia deteve cerca de 30 pessoas antes dos protestos perto de um escritório do governo em Istambul. Os manifestantes soltavam fogos de artifício enquanto a polícia tentava dispersar a multidão em outro protesto na cidade.

Autoridades tinham levantado preocupações de que o bombardeio na cidade de Suruc faz parte de

uma campanha de retaliação por parte do grupo Estado Islâmico diante da recente repressão sobre

suas operações no país.

Autoridades turcas afirmaram ter detido mais de 500 pessoas suspeitas de trabalharem para o Estado Islâmico nos últimos seis meses. Somente neste mês, a operação marcou 21 suspeitos de terrorismo em uma investigação de redes de recrutamento em várias partes do país.

A Turquia já bloqueou bloqueou mídias sociais no passado. No início deste ano, o governo ordenou um bloqueio temporário no Twitter e no YouTube durante uma crise envolvendo reféns em um tribunal de Istambul. Esses sites também foram bloqueados no último ano após gravações de áudio de uma reunião secreta de segurança que apontavam a corrupção de autoridades do governo terem vazado nestes sites. O Supremo Tribunal da Turquia, no entanto, anulou essas proibições, alegando que elas são inconstitucionais. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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