Pela segunda vez, astrônomos detectaram moléculas básicas da vida na atmosfera de um planeta gigante gasoso que fica fora do Sistema Solar. O anúncio, feito por cientistas da Nasa (agência espacial norte-americana), ocorre pouco depois da descoberta de 32 planetas localizados ao redor de outras estrelas e de sinais de moléculas orgânicas em Haumea, um planeta anão do nosso Sistema Solar.

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As descobertas, porém, ainda não evidenciam um sinal claro de vida extraterrestre. “Um sinal claro de vida exige, primeiro, um planeta onde possa haver vida. Depois, a detecção de moléculas relacionadas a processos biológicos. E, por fim, a evidência de que a abundância dessas moléculas requer atividade biológica”, explica Mark Swain, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da Nasa. “Nós apenas não fomos capazes, ainda, de satisfazer a todos os três critérios.”

O planeta no qual foi detectada a presença de água, metano e dióxido de carbono falha logo no primeiro critério. Chamado HD 209458b, esse mundo é um “Júpiter quente”, um gigante gasoso que orbita muito perto de sua estrela, a um oitavo da distância que separa Mercúrio do Sol, na constelação de Pégaso, a 150 anos-luz da Terra.

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A estrela em torno da qual HD 209458b gira é semelhante ao Sol. A descoberta da matéria orgânica foi feita com o uso dos telescópios espaciais Spitzer e Hubble. O Hubble detectou as moléculas e o Spitzer calculou suas concentrações.