Democracia corre perigo no Líbano, diz político

O Hezbollah está minando a democracia no Líbano ao tentar prejudicar a investigação do Tribunal Especial para o Líbano (STL, na sigla em inglês) sobre a morte do ex-premiê Rafic Hariri, disseram hoje integrantes da coalizão de governo do Líbano, do qual o próprio Hezbollah e seus aliados participam.

O comunicado foi emitido no momento em que o país enfrenta sua pior crise política em anos. Muitos temem que o país mergulhe em uma espiral de violência se partidários do Hezbollah forem indiciados pelo STL.

“O Líbano está em grave perigo como entidade e como país democrático” disse Amin Gemayel, um ex-presidente e líder do Partido Kataeb (falangista), após ter tido uma reunião com políticos cristãos aliados ao primeiro-ministro Saad Hariri, filho de Rafic.

O líder do grupo xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, pediu recentemente que os libaneses boicotem as investigações do STL e prometeu nunca entregar qualquer pessoa que seja indiciada pela morte do ex-premiê, assassinado em 2005 com outras 22 pessoas por um caminhão-bomba em Beirute.

Gemayel também pediu ao presidente libanês, Michel Suleiman, que desarme qualquer grupo político que ainda detenha arsenais, numa referência indireta ao Hezbollah. As informações são da Associated Press.

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