Cristina Kirchner recebe Lula em fevereiro ou março

Os presidentes de Brasil e Argentina, Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Fernández de Kirchner, respectivamente, se reunirão em Buenos Aires no final de fevereiro ou início de março. A idéia, tal como havia ficado combinado durante a Cúpula do Mercosul em dezembro em Montevidéu, é a de realizar uma encontro semestral entre os presidentes dos dois países, com a intenção de "acelerar" uma série de medidas e decisões bilaterais. No entanto, a data exata do encontro Lula-Cristina ainda não foi definida. Segundo o jornal portenho "La Nación", nas últimas semanas o governo brasileiro especulava realizar a reunião nos dias 3 ou 7 de março. Mas, nos últimos dias, a proposta foi alterada para o dia 22 de fevereiro.

O governo argentino envia hoje ao Rio de Janeiro representantes para discutir o conteúdo da reunião presidencial, além da data. Segundo o "La Nación", viajam para o Rio o vice-chanceler Roberto García Moritán e o sub-secretário de Política Latino-americana Agustín Colombo Sierra. A lista de assuntos entre os dois presidentes é grande, e inclui o desenvolvimento de biocombustíveis, a crise energética e a fabricação de aviões.

Tudo indica que entre os principais tópicos estarão a construção da hidrelétrica de Garabi, um velho projeto de usina binacional sobre o rio Uruguai entre o Brasil e a Argentina que foi desengavetado por causa da crise energética. Ambos governos possuem interesse em acordar o projeto. Nos dois lados da fronteira existe o compromisso de realizar estudos para analisar se o empreendimento é factível.

Outro ponto de discussão é a instalação da Embraer na antiga fábrica de aviões militares de Córdoba. A fábrica está atualmente sob a administração da empresa americana Lockheed. Mas Cristina Kirchner possui especial interesse na associação com a Embraer para, assim, deslocar a atual concessionária. No discurso de lançamento de sua candidatura, em julho passado, Cristina citou a Embraer como uma empresa que era um exemplo a ser seguido. Os dois governos querem também analisar a construção de mais uma ponte entre o Brasil e a Argentina.

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