Corte Suprema do Egito diz que presidente fez “ataque sem precedentes”

O Conselho Supremo Judicial do Egito disse hoje que a série de decretos que aumenta o poder do presidente Mohammed Mursi são “um ataque sem precedentes” à independência do Poder Judiciário.

A Justiça foi a maior prejudicada com as medidas de Mursi. O mandatário demitiu o procurador-geral, Abdel Maguid Mahmoud, obrigou a revisão dos processos contra integrantes do regime de Hosni Mubarak e tirou o poder do Judiciário de dissolver o Parlamento.

Em uma reunião anteontem, o Conselho Supremo Judicial exigiu que o presidente retirasse o decreto que, além das medidas, dá outros poderes a Mursi, como imunidade em relação a investigações judiciais.

Hoje, a situação está mais tranquila na praça Tahrir, principal local de protestos do Cairo. A polícia tentou dispersar um pequeno grupo de opositores instalados em barracas na praça usando bombas de gás lacrimogêneo, mas sem deixar feridos.

Mais cedo, os partidos políticos da oposição convocaram um novo protesto para a próxima terça. Os grupos já haviam tomado Tahrir ontem, em um protesto que terminou com confrontos com a polícia e militantes islâmicos. Dezenas de pessoas ficaram feridas.

Em outras partes do país, houve outros confrontos entre partidários e opositores a Mursi e as sedes do governista Partido da Liberdade e Justiça foram incendiadas em quatro cidades.

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